Cessar-fogo no Oriente Médio; Rússia com rombo no orçamento; nova crise nos preços dos transportes marítimos – o principal da geopolítica
Israel e Hamas manterão a trégua até o dia 30 de novembro, quando trocarão mais reféns israelenses por prisioneiros palestinos
- Prorrogação do cessar-fogo. O Ministério das Relações Exteriores do Catar e a Casa Branca disseram que Israel e o grupo terrorista Hamas concordaram com outra prorrogação de dois dias do atual cessar-fogo, estendendo o prazo até 30 de novembro, quando Israel e o Hamas trocam mais reféns israelenses por prisioneiros palestinos.
A prorrogação deve aliviar a pressão diplomática sobre Israel para abandonar a sua campanha militar para retirar o Hamas do poder em Gaza.
Segundo o portal americano de geopolítica Stratfor, o acordo ainda não havia sido finalizado, mas disseram que Israel estenderia a trégua desde que 10 reféns israelenses fossem libertados por dia.
- Putin quer terceirizar a culpa do rombo no orçamento. O Ministério das Finanças da Rússia planeja responsabilizar pessoalmente os governadores de regiões selecionadas pelo crescente défice orçamental do país.
Os chefes da Chechênia, da Inguchétia, do Daguestão e de Tuva, bem como das regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia ocupadas pela Rússia, seriam obrigados a assumir certas “obrigações” para reduzir o abismo entre as receitas e despesas regionais, ou então teriam seus subsídios federais reduzidos.
As tais obrigações seriam uma interferência direta do Kremlin para limitar o número de funcionários públicos, fazer cortes de salários e aumento a arrecadação fiscal.
- Nova crise no transporte marítimo. Os preços do transporte marítimo da China para Israel aumentaram entre 9% e 14% nas duas últimas semanas de outubro, de acordo com a plataforma online de gestão de transporte marítimo Freightos.
O motivo são os recentes ataques dos rebeldes Houthi do Iêmen contra navios mercantes no Mar Vermelho.
Um dos incidentes mais recentes ocorreu em 19 de novembro, quando os Houthis sequestraram um navio israelense. O episódio foi o propulsor de uma onda de debates sobre a segurança da rota marítima internacional.
Cerca de 14% do comércio mundial, incluindo a maior parte do transporte marítimo da China para Israel, passou pelo Mar Vermelho para poder alcançar o Canal de Suez.
- Aumento da tensão entre as Coreias. A Coreia do Norte começou a estabelecer postos de guarda e a implantar equipamento militar pesado perto da fronteira sul-coreana, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonap.
Isso ocorre depois que Seul suspendeu um acordo militar com Pyongyang após o lançamento de um satélite espião militar na semana passada, conforme noticiamos nesta coluna no dia 24, aqui.
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