BRASIL

CFM proíbe aplicação de cloreto de potássio em nascituros após as 22 semanas de gestação

Luís Batistela · 25 de Março de 2024 às 09:36 ·

A resolução denota uma grande vitória dos movimentos 'pró-vida' e certamente encontrará resistência da militância abortista. 

O Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou nesta quinta-feira (21) uma resolução acerca de um procedimento conhecido como Indução de Assistolia Fetal. A determinação, que será publicada em breve, proíbe a aplicação de cloreto de potássio em nascituros após as 22 semanas de gestação. As informações iniciais foram divulgadas pelo relator da resolução do CFM, Raphael Câmara, à Gazeta do Povo.

Ao veículo, Câmara orgulhou-se da proibição de mais uma técnica voltada ao extermínio de bebês no país. “Aprovada nossa resolução que, com orgulho, fui relator no CFM, que proíbe assistência fetal, matando bebê inclusive com nove meses com cloreto de potássio no coração. O CFM defende a vida”. O secretário destacou que a resolução será publicada ainda nesta semana e certamente encontrará resistência da militância abortista.

“Precisamos ter voz para conseguir defender essa resolução, porque no momento que for publicado, vão [tentar] derrubar. Por isso, levamos vários parlamentares nesta semana para acompanhar o debate e eles garantiram que vai ser uma guerra para não deixar cair [a resolução]”, concluiu.

O procedimento busca o assassinato intrauterino após as 22 semanas de gestação. Ao BSM, o Dr. Hélio Angotti Neto, que também opinou no caso, ponderou que depois das 22 e/ou 24 semanas de gestação, “existem recursos médicos capazes de promover a manutenção da vida humana e, portanto, o extermínio de um bebê viável é algo que não pode ser caracterizado simplesmente como aborto da mesma forma que o extermínio da vida antes de 22 semanas é caracterizado”.

“O ato de induzir a Assistolia Fetal, na verdade, aproxima-se muito mais de um homicídio infantil justamente por essa característica de viabilidade do feto. Essa analogia com a eutanásia ativa involuntária gera uma fragilidade ética incontornável, e a posição do Conselho Federal de Medicina mostra-se prudente, humanizada e coerente com a nobre tradição de defesa da vida e da dignidade humana por parte da boa medicina”, afirmou.

Em vídeo publicado no YouTube pela ONG Live Action, a médica obstetra Patti Giebink explica detalhadamente o procedimento da Assistolia Fetal. “Uma agulha longa é inserida através do abdômen ou da vagina da mulher. Para que a droga seja mais eficaz, o médico também pode injetar a digoxina diretamente no feto, desenvolvendo o corpo, coração, ou veia umbilical. O cloreto de potássio também pode ser usado para induzir a morte fetal mais imediatamente”. O bebê geralmente morre dentro de 24 horas após a aplicação dos produtos químicos.

  • Hélio Angotti Neto. Médico (CRMES 7517), Especialista (RQE 6110), Mestre em Administração Pública e Governo pela EBAPE/FGV e Doutor em Ciências (Medicina) pela Universidade de São Paulo (USP).

 


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