Delegado acusado de ser um dos mentores no caso Marielle pede a Moraes para prestar depoimento à PF
Conforme noticiado no BSM, Domingos Brazão também já havia sido acusado pela ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge, por obstruir as investigações sobre o caso.
Os advogados do delegado Rivaldo Barbosa, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, solicitaram ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que ele preste depoimento à Polícia Federal. Acusado de ser um dos mentores dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, Barbosa foi preso durante a Operação Murder Inc., em 24 de março, juntamente com o deputado federal Chiquinho Brazão e seu irmão Domingos Brazão.
A operação da PF que culminou na prisão de Barbosa e os irmãos Brazão foi desencadeada com base na colaboração premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, preso desde 2019, também acusado de ser executor do crime. A defesa ainda solicitou a Moraes que a advogada Erika Araújo, esposa de Barbosa, fosse ouvida no processo. Segundo as investigações, a advogada, que tem sido alvo de medidas cautelares, teria utilizado empresas para lavar dinheiro de supostas propinas recebidas por seu marido.
De acordo com o relatório da PF, o delegado “quando fixou a exigência de que o crime não poderia partir da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, Rivaldo já arquitetava a repulsão à atuação dos órgãos de perseguição penal federais, notadamente a Polícia Federal, uma vez que perderia o pleno controle da apuração que a envolvia”. Conforme noticiado no BSM, Domingos Brazão já havia sido acusado pela ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge, por obstruir as investigações sobre o caso.
Dodge chegou a solicitar a transferência da investigação da Polícia Civil do RJ para a Polícia Federal; no entanto, em maio de 2020, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou a solicitação da PGR para a federalização. Em setembro de 2019, a UOL, confirmando as informações divulgadas pelo jornal O Globo, destacou que Dodge via indícios de “autoria intelectual” de Brazão no crime que resultou nas mortes de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
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