Em discurso na Assembleia Legislativa, Milei anuncia encerramento da agência de notícias estatal
Com mais de 700 funcionários, a Telám possui correspondentes em todas as províncias argentinas.
O presidente argentino Javier Milei anunciou nesta sexta-feira (1º), em discurso na Assembleia Legislativa, o fechamento da agência pública de notícias do país, Telám. Na ocasião, o libertário destacou que o veículo tem sido utilizado “nas últimas décadas como agência de propaganda kirchnerista”. Em resposta à manifestação de Milei, a secretária-geral da Federação Argentina de Trabalhadores de Imprensa (Fatpren), Carla Gaudensi, afirmou que o veículo não seguirá a determinação do presidente.
“A Télam não fecha. Vamos defender não só os trabalhadores da agência, mas também todo o povo argentino, como todas as empresas estatais, os bens públicos e a soberania do nosso país”, ponderou Gaudensi.
Em 5 de fevereiro, o governo argentino já havia publicado um decreto para a intervenção em agências estatais de comunicação, como, por exemplo, a Telám. Milei argumenta que as empresas estatais estão “em situação de emergência pública em matéria econômica, financeira, fiscal, administrativa, previdenciária, tarifária, sanitária e social”.
A intervenção, que tem validade de 1 ano – podendo, aliás, ser renovada no mesmo período –, integra as promessas de campanha do libertário para o corte de gastos públicos. Ainda no primeiro dia do mês, Milei convidou os líderes da capital e das províncias argentinas para uma reunião do novo pacto fiscal, que possivelmente ocorrerá em Córdoba, em 25 de maio.
"Por apenas R$ 12/mês você acessa o conteúdo exclusivo do Brasil Sem Medo e financia o jornalismo sério, independente e alinhado com os seus valores. Torne-se membro assinante agora mesmo!"
