EUA faz visitas a líderes africanos. O tema de todas as reuniões foi um só: acordos de segurança e defesa

- O tour do Tio Sam pela África. O secretário da defesa dos EUA, Lloyd Austin, assinou ontem um pacto de cooperação em defesa com o presidente queniano, William Ruto. Na semana anterior, representantes do governo do Quênia estavam na China em busca de financiamento para o setor de segurança de seu país.

O acordo entre EUA e Quênia abrange uma série de iniciativas, incluindo a cooperação em segurança regional e o apoio às operações antiterroristas, especialmente contra a Al-Shabab, grupo terrorista muçulmano ligado à Al-Qaeda com base na Somália. Os EUA também prometeram US$ 100 milhões em financiamento em outras áreas ainda não divulgadas. O Quênia sempre foi um parceiro vital de segurança regional dos EUA, que tem forças destacadas na baía de Manda, ao longo do Oceano Índico. A reunião entre o secretário americano e o presidente queniano é um recado claro às pretensões da China na região.

Lloyd Austin ainda se reuniu em Luanda com o presidente de Angola, João Lourenço, para discutir acordos de cooperação bilateral militar e de segurança. Austin também manteve conversações com o ministro da defesa angolano e fez um discurso sobre a política dos EUA em relação a África.

O secretário de defesa americano ainda visitou, nesta mesma semana, Somália e Djibouti. Essa foi a primeira visita oficial de Lloyd ao continente.

Na semana passada, o secretário também teve uma reunião oficial om o presidente de Moçambique para discutir a ampliação dos acordos e investimento no setor de segurança.
 

- Agora, no quintal de Putin. O secretário da defesa do Uzbequistão, Bakhodir Kurbanov, reuniu-se com o general Michael Kurilla, chefe do Comando Central dos EUA, para discutir a cooperação militar bilateral.
 

- Rússia em Bangladesh. A empresa nuclear russa Rosatom planeja participar na construção de um reator nuclear de pesquisa em Bangladesh. A empresa disse que fornecerá combustível para a primeira usina do país até outubro. Após o acordo, o Bangladesh foi incluído na lista da Rússia de “países amigáveis ​​e neutros”, uma lista de pouco mais de 30 países cujos bancos e corretores serão autorizados a negociar em moeda russa e nos mercados de derivados.
 

- China no Nepal. Numa reunião entre o primeiro-ministro chinês Li Qiang e o primeiro-ministro nepalês Pushpa Kamal Dahal, Li disse que Pequim está pronta para “elevar as relações bilaterais e reforçar a cooperação em diversas áreas”. O premier chinês enfatizou o objetivo de melhorar a conectividade de transporte e acelerar a construção de uma rede de interconexão através do Himalaia.

Li também mencionou que a China quer “encorajar mais empresas chinesas a participarem no desenvolvimento da capacidade industrial, agrícola e de infra-estruturas do Nepal”. Após a reunião, os dois lados assinaram vários documentos de cooperação bilateral nas áreas de economia e comércio, agricultura, ciência e tecnologia, cultura e economia digital.

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