Israel resgata quatro reféns do Hamas: “Nunca desistimos de vocês”
Foi a maior operação de resgate de reféns desde o início da guerra em Gaza, com os atentados de 7 de outubro de 2023
As Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram uma operação de resgate neste sábado, libertando quatro reféns israelenses que estavam sob o controle do Hamas em Gaza. Os resgatados foram identificados como Noa Argamani, Shlomi Ziv, Almog Meir Jan e Andrey Kozlov. Esta ação representa a maior operação de resgate de reféns desde o início da Guerra de Gaza, em 7 de outubro.
Os quatro reféns foram resgatados de dois cativeiros diferentes no coração do campo de refugiados de Nusairat, em uma missão especial conduzida por combatentes do Shin Bet e das FDI. As operações começaram nas últimas horas da manhã e envolveram intensas trocas de tiros no campo de refugiados. De acordo com o porta-voz das Forças Armadas israelenses, Daniel Haagari, a missão foi de alto risco e realizada à luz do dia, com fogo cruzado constante durante todo o resgate, inclusive dentro dos prédios.
“Os reféns estão em boas condições médicas e foram transferidos para o Centro Médico Sheba Tel-HaShomer para exames adicionais”, afirmaram as FDI em comunicado. No hospital, os resgatados também puderam reencontrar seus parentes.
Noa Argamani, de 26 anos, que foi vista em um vídeo sendo separada de seu namorado e levada por terroristas durante um festival de música eletrônica em 7 de outubro, expressou sua alegria ao conversar com o presidente israelense Isaac Herzog: "Estou muito feliz por estar aqui, obrigado por tudo". O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também falou com Argamani, que expressou sua emoção: “Estou muito entusiasmada. Faz muito tempo que não falo hebraico”. Netanyahu respondeu: “Não desistimos de você nem por um momento”.
Almog Meir Jan, de 21 anos, Andrey Kozlov, de 27 anos, e Shlomi Ziv, de 40 anos, também estavam entre os resgatados. Eles foram capturados durante o ataque ao festival Nova, onde ocorreu um dos maiores massacres realizados pelo Hamas em 7 de outubro.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, relatou que 50 pessoas morreram em Nusairat e outras áreas no centro da Faixa de Gaza no sábado, embora não tenha especificado se essas mortes estão diretamente relacionadas à operação de resgate.
Em resposta à operação, o Hamas declarou à agência de notícias Reuters que a libertação dos quatro reféns “é um sinal de fracasso, não uma conquista”, criticando a incapacidade de se chegar a um acordo de cessar-fogo e a libertação de todos os reféns. Atualmente, cerca de 130 reféns ainda permanecem sob o controle do Hamas, sequestrados durante a invasão do grupo ao sul de Israel em 7 de outubro.
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