CALAMIDADE

“O Rio Grande precisará ser reconstruído”

Redação BSM · 4 de Maio de 2024 às 17:55 ·

Número de mortos no Estado sobe para 57, com 67 desaparecidos e 300 municípios atingidos. “Será preciso um Plano Marshall para reconstruir o RS”, diz deputado gaúcho

As chuvas que se abateram sobre o Rio Grande do Sul desde o início da semana deixaram um rastro de dor e destruição sem precedentes na história do Estado. “O Rio Grande precisará ser reconstruído”, diz o deputado estadual Professor Cláudio Branchieri (Podemos). “Impossível descrever o grau de destruição do nosso Estado! Precisaremos da ajuda de todos os brasileiros.”

A Defesa Civil relatou que quase dois terços das cidades gaúchas foram afetadas pelas tempestades, com mais de 300 municípios atingidos, resultando em uma situação de calamidade em larga escala. O número de mortos decorrentes dos temporais já ultrapassou a marca de 57, com 67 pessoas desaparecidas e outras 74 feridas. Mais de 32 mil pessoas encontram-se desalojadas e 9.581 estão temporariamente abrigadas em centros de acolhimento.

“Será necessário um Plano Marshall para o Rio Grande do Sul. A Serra Gaúcha está isolada do resto do Estado”, afirma o deputado Cláudio Branchieri. “As estradas desabaram. Centenas de deslizamentos. Casas e pessoas soterradas sem que se consiga chegar perto!”.  

A situação atingiu níveis críticos em Porto Alegre, onde o nível do lago Guaíba ultrapassou 5 metros, superando recordes históricos e inundando o Centro Histórico da capital. Em São Leopoldo, um dique cedeu, aumentando o risco para os moradores dos bairros Vicentina e São Miguel, enquanto a cidade de Encanto foi tomada por uma pilha de carros soterrados pelas enchentes.

Além das perdas humanas, as consequências econômicas da tragédia são igualmente devastadoras. O agronegócio, vital para a economia do estado, enfrenta dificuldades significativas, com produtores de suínos, aves e leiteira sofrendo os impactos diretos da impossibilidade de acessar suas produções devido à destruição de infraestrutura e à falta de energia elétrica.

O setor do turismo, um pilar importante da economia local, também foi duramente atingido, com municípios como Gramado e Bento Gonçalves enfrentando danos significativos em suas infraestruturas turísticas. O Dia das Mães, uma data crucial para o turismo na região, já está sendo considerado perdido.

A indústria, embora tenha sofrido paralisações em algumas unidades, projeta prejuízos limitados, com empresas como a Gerdau e a Braskem adotando medidas preventivas para mitigar os impactos das chuvas em suas operações. No entanto, o sistema de transporte, incluindo rodovias e portos, enfrenta bloqueios e interrupções, dificultando ainda mais a recuperação da região.

Em todas as regiões atingidas, a população luta para lidar com a escassez de recursos básicos, como água potável e eletricidade, com milhares de clientes enfrentando cortes de energia em consequência das inundações. As autoridades locais pedem à população que faça um racionamento de água, enquanto prisões são isoladas pelas enchentes, obrigando a transferência de mais de mil detentos.

Seguem alguns links de instituições que atuam no atendimento aos nossos irmãos gaúchos para que você possa colaborar:

 

 

 

 

 

 

 

 


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