Pesquisa mostra que 74% dos brasileiros acreditam que algumas decisões do STF incentivam a "corrupção"
O ministro Dias Toffoli, em setembro do ano passado, anulou as provas de acordo de leniência da Odebrecht (atual Novonor) usadas nas condenações provenientes da Operação Lava Jato.
A pesquisa divulgada neste domingo (3) pelo instituto Genial/Quaest mostra que 74% dos brasileiros acreditam que as anulações do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre as punições da Lava Jato, incentivam a “corrupção” na política nacional. Dentre as 2.000 pessoas entrevistadas, apenas 14% garantem que as decisões da Corte não incentivam a corrupção e 12% não souberam responder a pesquisa.
O instituto relata que as maiores críticas ao Supremo são provenientes de homens (79%), residentes dos estados do sul (80%) e eleitores de Jair Bolsonaro em 2022 (85%). A pesquisa denota uma confiabilidade de 95%, com apenas 2,2 pontos percentuais de erro para cima ou para baixo.
O Genial/Quaest também averiguou a opinião dos entrevistados frente às atuações do senador Sergio Moro. De acordo com a pesquisa, 44% dos indivíduos não aprovam o trabalho do ex-juiz da Lava Jato; 40% dos entrevistados disseram que aprovam.
Sobre a manifestação organizada por Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, o instituto revelou que 68% acreditam que o ato teve um valor expressivo. O levantamento mostrou que 53% dos entrevistados estavam cientes da manifestação no domingo (25).
Deste grupo, apenas 6% viram o ato de forma inexpressiva, contra 68% contrários. Entre os eleitores de Bolsonaro em 2022, 89% alegaram que o evento foi “grande”. Somente 13% do eleitorado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva julgaram o ato como “pequeno”.
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