HERÓI PRÓ-VIDA

Preso por se recusar a fazer aborto, médico argentino volta a exercer a profissão

Paulo Briguet · 24 de Abril de 2024 às 11:16 ·

Condenado por salvar as vidas de uma jovem e de seu bebê em 2017, Leandro Rodríguez diz que não se arrepende do que fez: “A vida deve ser defendida sempre”

Em 2017, o médico argentino Leandro Rodríguez Lastra estava de plantão em hospital público da cidade de Cipolletti, na Patagônia, quando atendeu uma mulher de 19 anos, grávida de 23 semanas, que havia tomada uma droga abortiva chamada misoprostol. A jovem sentia terríveis dores abdominais. Ao perceber que as vidas da mulher e da criança no ventre estavam em perigo, o Dr. Rodríguez conseguiu interromper o processo de aborto químico. A droga abortiva havia sido ministrada à jovem de maneira ilegal por uma organização feminista intitulada La Revuela (A Revolta). A lei argentina, embora lamentavelmente permita o uso do misoprostol, limita-o às dez primeiras semanas de gravidez.

Leandro Rodríguez foi fiel ao Juramento de Hipócrates e salvou duas vidas. No entanto, foi processado por impedir o aborto. Em 2019, o médico foi condenado a um ano e dois meses de prisão e teve a licença para exercer a medicina revogada por dois anos e quatro meses.

A punição de Leandro Rodríguez Lastra chegou ao fim, e agora ele pode voltar a exercer a medicina.

Em entrevista à TV espanhola EWTN, Rodríguez afirma que não se arrepende do que fez. Ele se lembra de como a mídia utilizou a figura da jovem para avançar a agenda abortista:

 Uma vez que ela havia sido vítima de estupro, a jovem foi retratada por todos os meios de comunicação como a grande vítima da história, aquela que levou a pior. Mas, terminado o julgamento, ela foi abandonada, ninguém mais se importou com ela. Os argumentos apresentados na época, dizendo que o aborto protegia as mulheres, eram absolutamente falsos. A única coisa que tentaram fazer foi destruir a vida de uma criança que hoje está prestes a completar sete anos, que está feliz, com uma família adotiva cuidando dele e dando a ele o futuro que qualquer um de nós merece. A criança está viva e a mulher que foi vítima de tudo isso está bem, está saudável. A verdade triunfou, apesar das injustiças que sofri.

Para Leandro Rodríguez, o seu caso deve servir de exemplo sobre o que pode acontecer quando os indivíduos ousam contrariar ordens injustas do sistema de poder. No entanto, o médico diz que se comportaria da mesma maneira caso fosse confrontado com uma situação semelhante hoje.

— A objeção de consciência é um direito fundamental, e não podemos desistir de defendê-lo, hoje mais do que nunca. Quando fui condenado, buscaram criar em mim uma espécie de remorso. Não. A mensagem é a mesma, e sempre com mais convicção: a vida deve ser defendida. Isso não se discute.

(Com informações da ACI Digital.)

 


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