JANJISMO CULTURAL

Michelle já havia dito onde estavam os móveis em abril de 2023

Silvio Grimaldo · 21 de Março de 2024 às 10:43 ·

O falso sumiço dos móveis presidenciais foi uma operação entre Planalto e a mídia para justificar gastos luxuosos de Janja e Lula sem licitação

Em abril de 2023, Michelle Bolsonaro já havia esclarecido que os móveis retirados do Palácio da Alvorada por ela e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro originalmente pertenciam à residência da família no Rio de Janeiro, antes de assumirem a presidência, conforme vídeo publicado em seu perfil no instagram em 16 de abril de 2023, divulgado hoje pelo Brasil sem Medo.


Ela foi orientada por Marcela Temer, também ex-primeira-dama, sobre a possibilidade de levar para o Alvorada os móveis de sua residência anterior, após a vitória eleitoral de seu marido. A iniciativa de adaptar a decoração dos ambientes com itens pessoais partiu de Laura, filha do casal.

“Passei seis meses utilizando a cama do Alvorada, que foi compartilhada por outros presidentes. No segundo semestre de 2019, recebemos nossos móveis, a pedido de minha filha Laura”, compartilhou Michelle, que também divulgou fotos comparativas de sua mesa, sofá e revisteiro, tanto no Rio de Janeiro quanto em uso atual.

Consequentemente, a ex-primeira-dama esclareceu que os móveis do Alvorada foram realocados para o depósito 5 ou para outro depósito presidencial, que dispõe de itens de mobiliário e decoração para uso no palácio.

Michelle criticou Lula e Janja por supostos excessos no Palácio da Alvorada, comentando: “Os móveis estão lá. Mas, infelizmente, aqueles que defendem a humildade e simplicidade parecem não desejar viver de maneira simples, fazendo mau uso do dinheiro público”. Ao final, ela ironizou a situação, sugerindo a criação de uma 'CPI dos móveis do Alvorada'.

Sob a gestão de Lula, foram gastos aproximadamente R$ 196 mil na aquisição de uma cama, dois sofás, duas poltronas e um colchão king size para o palácio, de acordo com informações da Folha de S. Paulo, obtidas via Lei de Acesso à Informação, em abril.

"A falta de móveis e o estado precário de conservação da mobília existente no Alvorada levaram à necessidade de novas aquisições. Os itens comprados agora fazem parte do patrimônio da União e servirão aos futuros presidentes", declarou a Secom.

Em janeiro, Janja alegou que a condição em que a residência fora deixada por Bolsonaro impedia a mudança imediata do casal farônico para o Palácio, que só ocorreu em 6 de fevereiro, após as reformas e compra dos móveis de luxo.

 


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