FBI completa 100 dias de busca por ex-militante do PT
Por meio de suas redes sociais, a jornalista segue ridicularizando as operações do FBI, argumentando ser "vítima" de perseguição do governo americano.
O Federal Bureau of Investigation (FBI) completou 100 dias de busca pela jornalista e ex-militante do PT, Patrícia Lélis, investigada por um suposto golpe milionário ao se passar por “uma advogada de imigração capaz de ajudar clientes estrangeiros”. As autoridades americanas levantaram dados de um imóvel no valor de R$ 4,3 milhões registrado no nome da jornalista. Segundo as investigações, esse imóvel teria sido pago com o dinheiro das vítimas dos golpes aplicados.
Um comunicado da agência destaca que “em 22 de setembro de 2021, Lélis Bolin invejou um contrato de honorários advocatícios a uma vítima para ajuda na concessão de vistos EB-5 para os pais da vítima. A vítima fez dois pagamentos iniciais no valor total de mais de 135 mil dólares com base na afirmação de Lélis Bolin de que o dinheiro estaria sendo destinado a um projeto de desenvolvimento imobiliário no Texas, que se qualificou para o programa EB-5”.
“Em vez disso, alegou-se que o dinheiro da vítima foi para a conta bancária pessoal de Lélis Bolin. Ao investir o dinheiro como prometido, Lélis Bolin teria usado o dinheiro para um pagamento inicial em sua casa geminada em Arlington (Texas), reformas de banheiros e pagamento de outras despesas pessoais, como dívidas de cartão de crédito”.
Em 4 de abril, o Metrópoles publicou um documento explicando o modus operandi da jornalista, com práticas de transações financeiras ilegais, fraude eletrônica e roubo de identidade agravado. O Departamento de Justiça dos EUA mostra que Lélis ainda trocava e-mails passando-se por identidades fictícias para ganhar a confiança dos clientes. Jeffrey Willardsen, um dos personagens inventados pela jornalista, atuava, por exemplo, numa suposta ação de investimento imobiliário no estado do Texas.
Foram averiguadas transferências bancárias para Lélis após algumas trocas de e-mails entre setembro de 2021 e maio de 2023. O relatório destaca que a vítima sofrera um prejuízo de US$ 700 mil na ocasião. No entanto, por meio de suas redes sociais, a jornalista segue ridicularizando as operações do FBI, argumentando, paralelamente, ser “vítima” de perseguição do governo americano. “Primeiro caso no mundo que o FBI não consegue localizar uma pessoa que está sempre na internet. @FBI vocês já foram melhores”, afirmou.
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